sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Selecção de Moçâmedes: 1953 e 1954





1ª Selecção de Moçâmedes no torneio quadrangular das Festas de Nossa Senhora do Monte, no qual fizeram parte as selecções de Benguela, Huambo, Moçâmedes e Sá-da-Bandeira.
Da esq. para a dt.:
Em cima:
Oliveira, Mário Lisboa Frota (Mariúca), Herculano Campos, Hipólito Freitas, Nito Abreu, Ventura, Carlos Inácio (Bode) e Vitorino Simão.
Em baixo:
Roberto Martins, Beto de Sousa, Rui Brunido, Gabriel Ambrósio, Gibita,
Adriano Nascimento, Carlos Oliveira e Mário Andrade



2. Em cima: Mário Domingos (arbitro), Chicumbéu, Zeca Bauleth, Apaga a Luz, Carlitos Alves de Oliveira, Carlos Maria Inácio (Bode), Monteiro (Guarda Redes), Peyroteu?, Mário Leitão e Mário de Andrade Embaixo: Adriano Nascimento, Estrela, Pedro Caala, Roberto Martins (Latinhas), Simão, Artur Estrela (Pombinha), Norberto Gouveia (Patalim)



Uma curiosidade: era comum em Moçâmedes ouvir-se dizer que não havia memória de uma derrota da selecção nos dias festivos de comemoração do 4 de Agosto, o dia da cidade. Havia a crença enraizada entre os fanáticos do futebol que nesse dia a alma de Bernardino Freire de Figueiredo Abreu e Castro, o  dinâmico e empreendedor fundador de Moçâmedes alí chegado em 1949,  sempre impregnava de energia e vontade de vencer os atletas que desse modo se tornavam invencívels. De facto recordo-me de, ano após ano, nos jogos interselecções realizados no velho estádio ao fundo da avenida da Praia do Bonfim, assistir a aclamações em uníssono da parte de uma claque, que invocando por BER...NAR...DI...NO... BER...NAR...DI...NO, empolgava jogadores e público, para que a sua alma ajudasse a selecção de Moçâmedes a conquistar a vitória.

Esta é mais uma recordação de um passado cheio de glória, numa época em que o desporto associativo era seguido com particular entusiasmo, avivando "bairrismos" nos jogos interselecções e amor clubista nos campeonatos distritais, antes do advento dos campeonatos provinciais. Mais tarde, vergastado a golpes de camartelos e picaretas, nos anos 1960, assistiu-se à demolição daquele campo, não obstante os esforços  dos defensores de memórias para se oporem a tal.

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